Translations - Portuguese - Maya Evening Rite

Irmandade de Isis Liturgia

Por

Olivia Robertson

Maya, Rituais solitários para a Deusa

RITUAL DOS CINCO ELEMENTOS

Ritual no.4

ORÁCULO DA DEUSA SARASVATI

Invocação: Deusa dos olhos dourados, Sarasvati, Tu que és coroada com a lua crescente, que carregas o vigoroso e doce instrumento vina, que és carrega pelo pavão cheio de olhos, debruce sobre nós a tua gloriosa arte no crepúsculo. Enquanto o sol se afunda num descanso, nos garanta glórias de poesia, arte e música, que nossos corpos possam estar unidos com nossas almas para que possamos lembrar-nos de nossa jornada na terra dos sonhos errantes.

Oráculo da Deusa Sarasvati

É através da linguagem das artes e através da linguagem sagrada dos símbolos que as Deidades compartilham as glórias com Suas crianças. A beleza da música traz harmonia com as esferas que se entrelaçam da criação: a Poesia leva a alma ao esforço nobre: e a pintura e escultura insuflam a essência divina em todas as coisas. Pois tudo o que é criado nas esferas superiores é planejado nas esferas menores através dos símbolos. Então o ouro fala sobre o sol e a prata sobre a lua e o sol fala sobre amor e a lua sobre verdades. Você faz bem em invocar-me quando o sol começa a sumir nas sombras da noite. Pois é no crepúsculo que dois mundo se encontram harmonizados e você coloca a sua existência diária em sintonia com o seu eu eterno. Por isso, pela manhã é criado formas belas, durante a tarde estas formas são animadas através da imaginação divina. Abra os seus olhos durante o dia, mas quando o dia começar a anoitecer feche os olhos e perceba as milhares visões, belas e perfeitas. Durante o dia escute com seus ouvidos, ao anoitecer fique em silêncio e você irá escutar a música da minha lira que flui como um rio transparente de estrela a estrela e das gargantas dos rouxinóis e no dos ventos que batem nas canas onde os meus cisnes mergulham, nas piscinas preenchidas com flores de lótus.

Monte o altar e coloque um sino pequeno, recipiente com água, incenso ou 3 varetas de incenso, uma pedra e um recipiente com óleo. Duas velas são acesas e os incensos.

Devoto: Que a Deusa nos abençoe esta noite através dos cinco elementos. Oferecemos este Hino a Deusa Ratri da Noite:

“A noite se aproxima e olha em volta,

A Deusa com muitos olhos,

Investidos de glória ela nos olha.

Imortal ela preenche o espaço,

Ambos, Longe e Amplo, ambos, baixo e alto...

Pois Tu és Quem aborda,

Procuramos a ti, cansados do dia como os pássaros,

Que nos galhos procuram seus ninhos.

Nos vilarejos descansam sozinhos,

Tudo o que anda e tudo o que voa.

A escuridão, negra, se aproxima, mesmo que clara de tantas estrelas,

Se aproxima de nós com todos os tons e matizes,

Deusa eu te invoco com este Hino.

Aceita-o gentil. Oh Noite!”

Devoto coloca a mão sobre a pedra no altar.

Devoto: Os picos nevados, e Suas florestas, Oh terra, seja gentil a nós. O marrom, o preto, o vermelho e o multiculorido, todos abençoados pela terra firme que nos sustenta e dos dá abrigo. A Terra é a mãe e nós somos suas crianças. O aroma, Oh Terra, que levanta de Ti, que os planetas e as águas sustentam para que possamos exalar esta fragrância. Terra, nos mantenha a salvo esta noite.

Devoto mergulha os dedos na água e em circulo toca as sobrancelhas.

Devoto: “As águas são veneradas, as águas em Ti,

As águas nos córregos, as águas da chuva.

Nos córregos puros, as mulheres se banham, nos córregos puros,

Ninlil anda ás margens do Nunbirdu.

O que tem olhos brilhantes, O senhor, Dos olhos brilhantes

Enlil dos olhos brilhantes a viu!”

Que possamos ver também com os olhos da verdadeira visão, essa noite em nossos sonhos.

Devoto inala a essência do incenso.

Devoto: Isis, Grandiosa, nós tomamos as dores do irmão Dela, que o procurou sem cansar. Que através do Egito voou, sem descansar até que Ela o encontrou, Que com Suas asas criou uma sombra e fez os ventos agitarem, nos imbua com Tua força em vôo, que nossas mentes possam brilhar com atino no paraíso, enquanto nossas almas deixam os nossos corpos esta noite.

Devoto coloca as mãos sobre as duas velas.

Devoto: Oh Deusa, mais sutil que a fibra do lótus, enrolada três vezes e meia em torno de si mesma, Tu que se desenrola e levanta a Tua cabeça, para entrar no caminho real, despertando penetrante os centros místicos até que Tu alcanças o lugar mais alto, revelando-te gentilmente ao s teus suplicantes, não venha com tanta fúria com o Teu fogo, brilhe sobre nós. Oh demônio, Linda Kundalini, Demônio Brilhante, venha de boa vontade e a nossa necessidade. Enquanto o sol se afunda em descanso, que Tu possas despertar em nós.

Devoto passa um pouco de óleo na cabeça e no coração.

Devoto: Deméter, sagrada, Tu que tomaste a criança, Demophoon em Teu seio com Tuas mãos divinas. Tu, Coroada Deméter, que o banhou em ambrosia, o alimento dos Deuses, para que ele crescesse como um ser imortal, Nos abençoe com este alimento divino, para que como Demophoon possamos descobrir que somos todos criaturas eternas. Que nossas almas possam despertar na escuridão dos mistérios.

Devoto toca o sino, silenciosamente experiência comunhão com a Deusa.

Quando o silêncio chega ao fim, o Devoto envia correntes de energia curativa para os outros.

Devoto: Ratri, Rainha da noite, mesmo quando lança Tua sombra, Tu permites que Tua Irmã Ushas do alvorecer retorne. Nós te agradecemos por este rito, pela cura, pelos elementos sagrados. Mãe obscura, irmã benevolente do dia, quanto Te aproximas, homens e mulheres podem descansar, os pássaros procuram seus ninhos e o gado se deita. Rainha Sagrada da Noite, nós aceitamos tuas bênçãos. Nós aceitamos as bênçãos de Saravasti e a Deusa que nos confere os cinco elementos da vida eterna

Fontes: "Hymns to Ratri", from the "Rig Veda", from “The Vedas”, Frederick Max Muller's translation, Indological Book House, POB 98, Ck 31110 Nepali Khapra, Varanasi, India, 1969. “Prayers from the Ahuranis”, “The Vendidad”, from “The Zend-Avesta”, Sacred Books of the East series, translation by James Darmesteter, edited by Frederick Max Muller, (in three volumes) Motilal Banarsidass, Bungalow Road, Jawaharnagar, Delhi 7, India, 1975. Sumerian narrative, Samuel Noah Kramer's summary in “Sumerian Mythology: A Study of Spiritual and Literary Achievement in the Third Millenium B.C .”, University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1972."Hymn to Osiris", XVIII Dynasty from “The Goddesses of Chaldea, Syria and Egypt“,Lawrence Durdin-Robertson, Cesara Publications, Clonegal Castle, Ireland, 1975.“Hesiod, Homeric Hymns, Fragments of the Epic Cycle, Homerica", Hesiod, translated by Hugh G. Evelyn-White, Loeb Classical Library series no. 57, Harvard University Press, Cambridge and William Heinemann, London, 1959. Source material from: "The Goddesses of India, Tibet, China and Japan", Lawrence Durdin-Robertson, Cesara Publications, Clonegal Castle, Ireland, 1976. "The Goddesses of Chaldea, Syria and Egypt", Lawrence Durdin-Robertson, Cesara Publications, Clonegal Castle, 1975. "Part I. The Vital Elements", and "Part III. The Occasional Rites", (both from the Manual of the Fellowship of Isis series, Communion with the Goddess) by Lawrence Durdin-Robertson, Cesara Publications, Clonegal Castle, Ireland, 1976.

Irmandade de Isis Liturgia

Créditos de tradução a Bruno Henrique Herzog, Iseum Rosa de Gaia